Ácaro da Necrose do Coqueiro: Sintomas, Danos e Controle

O ácaro da necrose ou ácaro Aceria (Eriophyes) guerreronis é uma ameaça constante nas regiões produtoras de coco no Brasil, causando sérios prejuízos à produção. Desenvolvendo-se sob as brácteas, esse ácaro microscopicamente pequeno, com 250 µm quando totalmente desenvolvido, apresenta corpo vermiforme e coloração branco-leitosa. Seu ataque resulta em deformações nos frutos, queda prematura e, consequentemente, perdas no peso dos albumens sólido e líquido, impactando o valor dos cocos destinados ao mercado de água de coco.

Sintomas e Danos do Ácaro da Necrose do Fruto:

O ácaro desenvolve sua colônia sob as brácteas, causando manchas cloróticas de formato triangular, que evoluem para tons marrons com tecidos necrosados e ásperos. Os primeiros sintomas aparecem 4 a 8 semanas após a fecundação das flores femininas. Ataques intensos podem reduzir o tamanho e peso dos frutos, provocar deformações e queda prematura. Em plantios infestados, perdas superiores a 50% na produção são comuns. Além dos frutos, o ácaro pode causar necrose no broto ou gema terminal, levando à deformação ou morte de plantas jovens.

Estratégias de Controle Eficientes:

Identificação e Remoção:
- Identificar plantas severamente infestadas e remover cachos com frutos danificados e deformados, palhas e panículas secas, seguido pela destruição desses materiais.
Pulverização com Acaricidas:
- Para plantas de viveiro e jovens no campo, usar acaricidas como fenpiroximato, espirodiclofeno, azadiractina, hexitiazoxi ou abamectina. Três pulverizações a cada 15 dias, dirigindo o jato para as folhas centrais.
Pulverização em Coqueiros em Produção:
- Para coqueiros em produção, três pulverizações a intervalos de 15 dias, alternando produtos acaricidas de contato ou sistêmicos, direcionando o jato para inflorescências e cachos de frutos mais novos.
Uso de Acaricidas Sistêmicos:
- Se utilizando acaricidas sistêmicos, colher os frutos para consumo in natura no mínimo 30 dias após a última aplicação.
Alternativa Ambientalmente Amigável:
- Pulverização das áreas infestadas com mistura de óleo de algodão (1,5%) + detergente neutro (1%). Três a quatro pulverizações em intervalos quinzenais, aplicando cedo pela manhã ou após as 16:00h.

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Espécies Similares e Controle:

Outra espécie, Steneotarsonemus furculatus, apresenta hábitos e danos semelhantes a A. guerreronis. As medidas de controle, incluindo pulverização com óleo de algodão e detergente neutro, são eficazes contra essa espécie.